quarta-feira, 1 de novembro de 2017

As Almas do Purgatório


Morrer para ressuscitar: é o mistério pascal que S. Paulo descreve, afirmando a necessidade de passar do viver segundo a carne ao viver segundo o espírito.
A doutrina cristã sempre ensinou que a purificação adquirida na vida presente, salvo raras excepções, deve continuar na vida futura, para além da morte, até se alcançar a purificação requerida para poder entrar na glória da Igreja Triunfante, que é «sem macha e sem ruga».
A Igreja chama Purgatório a essa purificação final, que consiste no adiamento da Visão Beatífica, a felicidade dos eleitos. As almas sentem, com toda a acuidade possível, a dor de estarem privadas do Bem Supremo, que desejam tanto mais ardentemente , quanto mais se aproximam da perfeita união com Deus.
Através da vital «Comunhão dos Santos», cada cristão, e com maior eficácia a comunidade inteira, tem um real poder de intervir junto de Deus, com Sufrágios, em favor dessas Santas Almas.
Não pode o cristão fervoroso desinteressar-se dos seus irmãos que sofrem. A solidariedade que une todos os fiéis em Cristo deve movê-los a interceder por eles, através de Sufrágios:
1 – A oração. Devemos rezar pelos defuntos. Os cristãos de todos os tempos deram, neste campo, maravilhosos exemplos.
2 – As boas obras. A Igreja recomenda a prática de boas obras: esmolas, atos de caridade e de penitência, sacrifícios… com intenção de sufragar os defuntos.
3 – A Santa Missa é a obra mais meritória, porque nela se imola o Divino Cordeiro, que tira os pecados do mundo.
«Sede misericordiosos e alcançareis misericórdia».

Para que Deus, nosso Pai, receba em Sua misericórdia as almas dos fiéis que já partiram deste mundo,
OREMOS:

Ó Deus
Criador e Redentor, 
concedei a todos 
os vossos servos 
a remissão de todas 
as suas faltas, 
a fim de que obtenham, 
por nossas humildes preces, 
o perdão 
que sempre desejaram.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

M. P.
(Com aprovação eclesiástica)
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Edição do «Cavaleiro da Imaculada»
Av.ª Camilo, 240 – 4349-014 Porto
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20-10-2002



(Esta é em tudo igual menos na cor, que é apenas em azul e branco. 
A data é diferente também, embora aproximada: 20-05-2002.)

sexta-feira, 3 de março de 2017

Milagrosa Santa Luzia


Ditosa Santa Luzia
De Jesus sois tão querida;
Dai-me o prazer nesta vida
De vos ter por minha guia.

Conservai-me a vista aos olhos
Não posso seguir sem luz,
Para levar minha cruz
Sobre espinhos e abrolhos.

Para o Céu desejo ir
Gozar vossa companhia;
Ó Virgem Santa Luzia
Ajudai-mo a conseguir.

Amparo da minha vida
Estrela do meu viver;
Só anseio por vos ver
Minha santa tão querida.

Casta e bela de encantar,
Ó Santa Luzia, ó lírio;
Com a palma do martírio
Fizeste as honras do altar.

Sois o modelo na terra
Dos que seguem a Jesus,
Lembrando um facho de luz
Que guia o pastor na serra.

Vosso coração, jucundo,
Sem o mínimo labéu,
Para Jesus só viveu
Desprezando os bens do mundo.

O que herdastes de valor
Cedeste-lo aos pobrezinhos
Dispensando-lhes carinhos
Como fez Nosso Senhor.

Os anjos cantam nos Céus
Bendita Santa Luzia;
Nós juntemos, à porfia
Os nosso cantos aos seus.

CORO

Santa Luzia
Anjo de Deus,
Guiai minha alma
Até aos Céus.

A. C.


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FESTA EM HONRA DE

SANTA LUZIA


Celebra-se 

no primeiro Domingo a seguir

ao dia 13 de Dezembro

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Imaculada Conceição


ORAÇÃO DO ANO MARIANO
composta por S. S. Pio XII

Enlevados pelo fulgor da Vossa celestial formosura e impelidos pelas angústias do mundo, nos lançamos nos Vossos braços, ó Maria, Imaculada Mãe de Jesus e Mãe nossa, seguros de encontrarmos no Vosso Coração amantíssimo a satisfação das nossas fervorosas aspirações e o porto seguro no meio das tempestades que de toda a parte nos rodeiam.
Se bem que, aviltados pelas nossas culpas e subjugados sob incontáveis misérias, admiramos e cantamos a incomparável riqueza dos excelsos dons, de que Deus Vos cumulou sobre toda e qualquer pura criatura, desde o primeiro instante da Vossa Conceição até ao dia em que, Assunta ao Céu, fostes coroada Rainha do Universo.
Ó Fonte límpida de fé, orvalhai com as verdades eternas a nossa mente! Ó Lírio fragrante de toda a santidade, prendei os nossos corações com o Vosso celestial perfume! Ó Triunfadora do mal e da morte, isnpirai-nos um profundo horror ao pecado, que torna a alma detestável a Deus e escrava do inferno!
Escutai, ó Predileta de Deus, o ardente brado que de todos os corações fiéis se ergue até Vós neste Ano que Vos é consagrado. Inclinai-Vos sobre as nossas dolorosas chagas. Transformai a mente dos perversos, enxugai as lágrimas dos aflitos e dos oprimidos, confortai os pobres e os humildes, apagai os ódios, morigerai os maus costumes, guardai a flor da pureza nos jovens, protegei a Santa Igreja, fazei que todos os homens sintam o encanto da bondade cristã. No Vosso nome, que nos Céus ressoa qual harmonia, eles se reconheçam irmãos, e as nações membros de uma só família, sobre a qual resplandeça o sol de uma universal e sincera paz.
Acolhei, ó Mãe dulcíssima, as nossas humildes súplicas e obtende-nos sobretudo que possamos um dia repetir ante o Vosso Trono, participando da Vossa felicidade, o hino que hoje sobre a terra se eleva em torno dos Vossos altares: «Toda és formosa, ó Maria! Tu, a glória, Tu, a alegria, Tu, a honra do nosso povo!» Assim seja.

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Esta tradução foi aprovada por Sua Ex.cia Rev.ma o Senhor Arcebispo Primaz 
que concedeu 200 DIAS DE INDULGÊNCIA a quem a recitar.

Tip. «Missões Franciscanas» - Braga

(Nota: A promulgação do primeiro Ano Mariano, celebrado de 8 de Dezembro de 1953 a 8 de Dezembro de 1954, para assinalar o centenário da definição do dogma da Imaculada Conceição, deve-se ao Papa  Pio XII. Solenemente inaugurado por ele em 8 de Dezembro de 1953, na igreja de Santa Maria Maior, foi celebrado com fervor religioso por todas as dioceses do mundo.)



Devoção a São Torcato, Mártir


NOTAS BIOGRÁFICAS

Celebra-se a memória litúrgica de São Torcato no dia 27 de fevereiro de cada ano.
Segundo a tradição popular, São Torcato, oriundo da família nobre dos Torcartos Romanos, era natural de Toledo na Espanha.
Aí se evidenciou pelas suas virtudes, sendo escolhido para Arcipreste da Catedral de Toledo e, portanto, primeiro auxiliar do Bispo daquela cidade. Foi depois nomeado Bispo de Iria Flávia ou do Padrão, na Galiza.
Destacou-se pela firmeza da sua doutrina e pela sua sabedoria no 16.º Concílio de Toledo, no ano de 693, e aí teria sido nomeado Arcebispo de Braga, acumulando mais tarde as Dioceses do Porto e Dume. Foi notável o seu testemunho cristão pela coragem com que enfrentou o islamismo. Os muçulmanos invadiram a Península Hispânica no ano 711. Eles queriam ofuscar o Evangelho de Cristo com o Corão de Maomé e a Cruz de Jerusalém com o Crescente e tudo arrasavam para que o Islão se impusesse à Cristandade.
Segundo  tradição popular, São Torcato enfrentou Muça, chefe muçulmano, a 26 de fevereiro de 719, derramando o seu sangue por Cristo, em heróico martírio. No local, onde testemunhou a sua Fé, rebentou uma fonte de água cristalina, que ainda hoje se conserva e aí se construiu uma pequena ermida, conhecida por São Torcato-o-Velho e hoje chamada Capela da Fonte.
Mais tarde a preciosa relíquia do seu Corpo foi recolhida pelos monges do antigo Mosteiro de S. Torcato, doado por D. Afonso Henriques aos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Foi trasladado para o Novo Mosteiro em 4 de julho de 1852.
Esta tradição popular constituía a 2.ª série de lições do Antigo Breviário Bracarense.
Os historiadores nem sempre concordaram com esta tradição e afirmam alguns que São Torcato teria sido o primeiro dos Varões Apostólicos, martirizado no século I em Cádis no sul de Espanha.
Em referências a estas dúvidas, são oportunas as palavras de José Leite S. J. "Seja como for, não há dúvida que são numerosas as graças por ele conseguidas e grande a devoção que o Povo lhe dedica".

Oração a S. Torcato 
do Antigo Breviário Bracarense

Nós te pedimos Senhor: Ouve com clemência as preces do teu Povo, para que sejamos ajudados pelos méritos do Bem-Aventurado São Torcato, Mártir e Pontífice, com cujo martírio nos alegramos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amen.

Com aprovação da Autoridade Eclesiástica

Braga, 20 de janeiro de 1994

cón. Eduardo Melo Peixoto
Vigário Geral


Santa Filomena


CINCO MINUTOS DIANTE DE SANTA FILOMENA

Há quanto tempo te esperava, ó alma devota, pois bem conheço as graças de que necessitas e que queres que eu peça ao Senhor!
Estou disposta a fazer tudo por ti; mas, filha, dize-me uma a uma todas as tuas necessidades, pois desejo ser a intermediária entre a tua alma e Deus, com o fim de suavizar os teus males. Sinto a aflição do teu coração e quero unir-me às tuas amarguras. Desejas o meu auxílio nos teus negócios?... Queres a minha proteção para restituir a paz na tua família?... Tens desejos de conseguir algum emprego?... Queres ajudar alguma pessoa amiga?.., Desejas que cesse alguma tribulação?... Queres a tua saúde ou a de alguém a quem muito estimas?... Coragem, que tudo obterás.
Agradam-me também as almas sinceras, que tomam sobre si as dores alheias, como se fossem próprias. Eu bem vejo, como desejas aquela graça, que há tanto tempo me pedes. Uma coisa, porém, desejo de ti; quero que sejas mais assídua ao SS. Sacramento; mais devota da nossa Mãe do Céu Maria Santíssima; quero que propagues a minha devoção e ajudes os pobres naquilo que puderes. Oh! quanto isto me agrada ao coração! 
Não sei negar nenhuma graça àqueles que socorrem aos outros por meu amor, e bem sabes quantos favores são obtidos por esse meio.
Quantos, com viva fé, têm recorrido a mim e são atendidos! Invocam-me para ter êxito feliz em um negócio, para obter a saúde de uma pessoa enferma, para conseguir a conversão de alguém afastado de Deus; e eu obtenho de Deus tudo o que pedem e ainda mais e muito mais.
Temes que eu não faça outro tanto por ti? 
Não penses assim, porque prezo muito as prerrogativas concedidas por Deus. Muitas outras, como tu, têm precisado de mim e temem pedir-me, pensando que me importunam; hei de obter todas as graças; não temas.
Agora, volta às tuas ocupações e não te esqueças do que te recomendei; vem sempre procurar-me, porque eu te espero; as tuas visitas me hão de ser sempre agradáveis, porque amiga afeiçoada como eu não acharás.

É pois a vós, eu repito, é a vós, ilustre mártir, que eu me dirijo, eu levanto para vós as minhas mãos suplicantes. Ah! do alto da celeste pátria dignai-vos deitar um lance de olhos sobre mim, vossa humilde serva, ó Virgem pura.
Ó Santa mártir Filomena! eis-me aqui a vossos pés, cheia de miséria e esperança; eu solicito a vossa caridade, ó grande Santa! Ouvi-me, abençoai-me, aliviai-me nas minhas aflições, dignai-vos fazer aparecer a meu Deus a humilde súplica que vos apresento (aqui se especificará a graça que se deseja). Sim, eu tenho a firme confiança pelos vossos merecimentos, pelas vossas ignomínias, pelas vossas dores, pela vossa morte, unidas aos méritos da morte e paixão de Jesus Cristo, que alcançarei o que vos peço.

Rezai em seguida

1 Pai Nosso, Ave-Maria, Glória e Credo

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IMPRIMATUR

Bracarae, die 29 Januarii, anno 1941

A. Arch. Bracarensis.


(Edição da pagela: CASA AVÉ MARIA - LISBOA)



Tout a Jesus Par Marie - Tudo a Jesus por Maria


Les miracles du Chapelet

Dans une humble  chaumière adossée au flanc de la montagne, ça pauvre mère attend son fils. Soixante-dix hivers ont blanchi ses cheveux, courbé sa taille. Elle est seule maintenant au logis, seule avec sa tristesse ; et son Gal, son Gal chéri n’est plus là pour recevoir ses caresses.
Il est parti, un triste jour, las de cette vie trop paisible, avide de liberté et de vagabondage. Il est parti, laissant sa vieille mère ; et, depuis de années déjà, oublieux de tous ses devoirs, sourd à la voix de l’amour filial, il va de roche en roche, de sommet en sommet, avec de hardis compagnons : c’est le braconnier sans peur, sans scrupules, que la mort guette à chaque pas, la mort au fond du précipice ou sous la balle d’un douanier. 
Ses apparitions sous le toit de chaume sont rares et courtes. Les prières, les supplications, les larmes de sa mère ne le touchent pas. Il ne prie plus, il passe, comme en fuyant, sans se signer, devant la modeste chapelle du village où, enfant, il s’est agenouillé tant de fois.
Et le chapelet ne quitte plus les mains décharnées de la pauvre mère, et son cœur crie sans cesse grâce, miséricorde pour le fils égaré.
Un jour, jour terrible, un chasseur, á la figure sinistre, aux allures brutales, vint dire á la pauvre femme : « Votre fils Gal est couché là-haut, bien haut, á la cime des monts, au dessus d’un précipice, la poitrine percée d’une balle. Celui-là ne redescendra plus, » dit-il s’en allant.
- « De grâce, allez vite chercher le prêtre, » supplia la pauvre mère.
- « Le prêtre… à quoi bon ! il ne veut pas qu’on lui parle de confession. – Ne laisse pas approcher le prêtre, » m’a-t-il dit en blasphémant.
C’en était trop… la malheureuse mère s’affaissa, éclatant en sanglots… Puis soudain elle se lève, sa foi l’emporte sur sa douleur : « Mon Dieu ! dit-elle, aidez-moi ! Pénitence ! Je ferai pénitence pour lui. Les chemins sont longs, la cime est haute pour mes pauvres vieilles jambes ; j’irai à lui cependant, oui, j’irai ; la bonne Vierge me donnera la force. »
Elle partit, la sainte, l’héroïque vieille femme, montant, par les pâturages d’abord, et puis par les forêts, les rochers, les broussailles. Ses pieds sont déchirés par les pierres du chemin, ses mains sont ensanglantées : elle monte, monte toujours.
Une demi-heure de marche encore, et elle est au sommet. Mais elle n’en peut plus… et cependant son fils est près de là… il est perdu… il se meurt. L’amour maternel est plus fort que la mort. Elle se redresse, embrasse son chapelet, et le voyant tout rougi de son sang, elle s’écrie : « tout en expiation pour lui ! ah ! Mère du ciel, obtenez grâce. Quand il verra mon chapelet consacré par le sang de sa mère, il m’écoutera. »  Telles étaient ses pensées, tel était son espoir.
A cet instant même, elle vit le prêtre s’avançant péniblement ; lui non plus n’était pas jeune, il avait vu naitre Gal est l’avait baptisé. Il grimpe à travers les rochers, s’aidant des épines pour se soutenir au-dessus de l’abime. Il y a une âme à sauver ; que lui importe le reste ?
A cette vue, la pauvre mère réunit ses dernières forces ; s’aidant des mains et de genoux, elle monte, malgré ses cuisantes douleurs, elle monte lentement ; chaque pas la rapproche de son fils mourant.
Gal est couché là-haut. Il endure d’atroces souffrances, il vomit des blasphèmes contre le prêtre venu pour lui parler du Dieu de son enfance et de sa dernière heure. Triste, désolé, le ministre du Seigneur est assis à l’écart, sur une saillie de roc, priant pour le moribond sans le quitter des yeux.
Tout à coup le braconnier se soulève, il regard vers le chemin de l’abime… « Dieu, que vois-je ?»
Une créature humaine se trainait péniblement sur la pente de la montagne… « On dirait que c’est elle !» … Et il regarde, toute sa vie concentrée dans son regard Maintenant il l’entend parler, elle s’écrie ; Mon Dieu ! Tout pour mon Gal ! chaque goutte de mon sang ! chaque douleur ! Pénitence pour lui ! O mon Dieu ! Pitié pour lui ! Reine du très sain Rosaire, priez pour lui !
Ces touchantes supplications de la mère brise le cœur du fils, et quand enfin, à bout de force, elle arrive près de lui : «O ma mère !» s’écrie-t-il en pleurant, et il reçoit de ses mains le chapelet teint de son sang, tandis que doucement, tendrement, elle attire sa pauvre tête sur son cœur, et lui parle de son baptême, de sa première confession, du beau jour de sa première communion, et des jours plus heureux, où ensemble ils récitaient le Rosaire.
La tâche du prêtre était facile maintenant. Réconcilié avec Dieu de son enfance, fortifié par la réception des divins sacrements, prêt pour le dernier voyage, Gal, se tournant vers sa mère bien-aimée, murmura : « Mère, ton chapelet est mon bonheur, ta pénitence est mon salut ! Que Dieu te le rende !» 
A l’ombre de la petite église, reposent la mère et le fils : une seule pierre les recouvre. On y a gravé leurs noms entourés d’un Rosaire.

O texto desta pagela está em Francês e conta mais ou menos o seguinte:

Os milagres do Rosário

Numa humilde cabana, no sopé de uma montanha, vive uma pobre mulher, uma mãe que espera por seu filho. Setenta invernos embranqueceram o seu cabelo, curvaram a sua coluna. Vive sozinha, com a sua tristeza. Gal, o seu amado filho, há muito que não a visita e ela não sabe onde ele está ou se está vivo ou morto. 
Ele fora-se embora, cansado da vida pacata da montanha, com alguns companheiros que o levaram para maus caminhos. Esqueceu os bons costumes que aprendeu da mãe, as orações; deixou a Fé e vive como um malfeitor, correndo perigo, podendo cair em precipícios ou arriscando-se às balas de algum alfandegário. Há muitos anos que não visita a sua pobre mãe, que não se cansa de rezar e pedir por ele.
Um dia, um dos seus companheiros veio dizer a sua mãe que Gal está em cima de uma montanha distante, perto de um precipício e com uma bala no peito. A morte é certa.
A pobre mulher pede-lhe que vá chamar um sacerdote mas o homem diz que não vale a pena, que Gal não quer ouvir falar nisso. E foi-se embora.
Era demais ... a mãe infeliz desabou, soluçando ... então de repente levanta-se, a sua fé supera a dor: "Meu Deus, ajuda-me! Penitência! Vou fazer penitência por ele. As estradas são longas, o cimo da montanha é demasiado alto para as minhas velhas pernas. Mas irei, sim, eu irei; a Santíssima Virgem dar-me-á força. "
E lá foi, caminhando por florestas, rochas, caminhos rudes. Os seus pés feridos pelas pedras da estrada, as mãos sangrentas de trepar, mas vai, vai sempre para cima.
Falta apenas meia hora para chegar ao topo mas ela está no fim das forças... tão perto do seu filho... ele está perdido ... ele morre. O amor materno é mais forte que a morte. Ela levanta-se, beija o seu rosário, e à luz avermelhada do seu sangue, exclama: "Tudo em expiação por ele! Ah! Mãe do Céu, obtende-me a graça da sua conversão! Quando vir o meu rosário, banhado pelo sangue de sua mãe, que ele ouça as minhas palavras." Tais eram seus pensamentos, era a sua esperança.
Naquele instante, ela viu o padre caminhando penosamente; ele também já não era jovem, ele tinha visto Gal recém-nascido, havia-o batizado. O pobre sacerdote sobe através das rochas, agarrando-se a espinhos que o ajudam a sustentar-se acima do abismo. Há uma alma para salvar; ele não se preocupa com mais nada.
A esta visão, a pobre mãe apela às suas últimas forças; apesar das fortes dores, levanta-se lentamente; cada passo mais perto do seu filho moribundo
Gal está deitado lá no alto. Em agonia, no meio de grande sofrimento, vomita blasfémias contra o padre, que lhe fala sobre o Deus da sua infância. Triste, pesaroso, o ministro do Senhor está sentado à margem, em uma rocha saliente, rezando pelo moribundo sem dele tirar os olhos.
De repente, Gal levanta-se, olha para o caminho do abismo ... "Deus, o que vejo?"
Uma criatura humana que se arrasta penosamente, na encosta da montanha... "Parece ela!" E ele olha, toda a sua vida concentrada em seus olhos. Agora ele ouve, é ela que chora: Meu Deus! Tudo pelo meu Gal! Cada gota do meu sangue, cada dor! Penitência por ele! Ó meu Deus, tende misericórdia dele! Rainha do Santíssimo Rosário, rogai por ele!
Estas súplicas tocantes da mãe quebram o coração do filho. Quando, finalmente, exausta, ela chega perto dele: "Ó minha mãe!" diz ele chorando. Recebe das mãos da mãe o rosário manchado com o seu sangue, enquanto suavemente, ternamente, ela aconchega a sua pobre cabeça ao seu peito e lhe fala sobre o seu batismo, a sua primeira confissão, o dia da sua Primeira Comunhão, os dias felizes em que juntos recitavam o Rosário.
A tarefa do sacerdote está mais facilitada agora. Reconciliado com o Deus da sua infância, fortificado pelos sacramentos divinos, pronto para a última jornada, Gal, voltando-se para a sua amada mãe, sussurrou: "Mãe, o teu Rosário é a minha felicidade, a tua penitência foi a minha salvação! Que Deus te abençoe! "
À sombra da pequena igreja, repousam a mãe e o filho, uma única pedra os cobre. Nela os seus nomes foram esculpidos, cercados por um rosário.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Invocações a Jesus ultrajado na Sua Face adorável


- Jesus, cuja face admirável foi adorada com profundo respeito por Maria Santíssima e por José, quando a viram pela primeira vez. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável encheu de alegria, no presépio de Belém, os anjos, os pastores e os magos. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável feriu com uma centelha de amor, no templo, o velho Simeão e Ana, a profetisa. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável foi banhada de lágrimas em vossa santa infância. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável encheu de admiração os doutores da lei, quando aparecestes no templo na idade de doze anos. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável faz tremer os demónios. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável é tesouro de graças e de bênçãos. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável foi abrasada pelo calor do sol e banhada de suor nas viagens. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável era duma expressão toda divina. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável cheia de modéstia e de doçura atraia os justos e os pecadores. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável beijava com amor as criancinhas depois de as ter abençoado. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável se comoveu e chorou no túmulo de Lázaro. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável se tornou brilhante como o sol e resplandecente de glória sobre a montanha do Tabor. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável se entristeceu à vista de Jerusalém e derramou lágrimas sobre essa cidade ingrata. Eu vos adoro

-  Jesus, cuja face adorável se abateu até a terra no Jardim das Oliveiras e sofreu a confusão e o peso dos nossos pecados. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável foi inundada de um suor de sangue. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável foi beijada pelo pérfido Judas. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável encheu de terror os soldados, que caíram por terra. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável foi esbofeteada por um servo infame, coberta de ignomínia  e profanada pelas mãos sacrílegas dos Vossos inimigos. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável foi afrontosamente cuspida e dilacerada com tantos golpes e bofetadas. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável com os seus divinos olhares feriu o coração de São Pedro com uma centelha de dor e de amor. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável foi por nós humilhada nos tribunais de Jerusalém. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável conservou toda a serenidade quando Pilatos pronunciou a iníqua sentença. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável, cheia de suor e sangue, caiu debaixo do pesado madeiro da cruz. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável merece todos os nossos respeitos, homenagens e adorações. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável, cheia de suor e de sangue, foi enxugada com um véu pela piedosa Verónica no caminho do Calvário. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável foi elevada sobre o instrumento do mais vergonhoso suplício. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável sofreu a afronta da coroação de espinhos. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável foi banhada por lágrimas de sangue. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável teve a sua boca divina amargurada com fel e vinagre. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável teve os cabelos e a barba arrancados pelos algozes. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável e de inexcedível beleza se tornou semelhante ao rosto de um leproso. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável foi obscurecida com a visão assombrosa dos pecados do mundo. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável foi coberta com as tristes sombras da morte. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável foi lavada e perfumada por Maria Santíssima e pelas santas mulheres e coberta com um sudário. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável foi encerrada no sepulcro. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável se tornou resplandecente de glória e de beleza no dia da Ressurreição. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável se tornou irradiante de brilhantíssima luz no momento da Ascenção. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável está oculta na Sagrada Eucaristia. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável aparecerá no fim dos tempos, nos ares, com grande poder e grande majestade. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável fará tremer os pecadores. Eu vos adoro

- Jesus, cuja face adorável encherá os justos de alegria durante toda a eternidade. Eu vos adoro

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, atendei-nos, Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende misericórdia de nós, Senhor.

Santo Sudário em Portugal

O Santo Sudário esteve em Portugal, há mais de três décadas, através de uma exposição fotográfica itinerante que percorreu mais de uma centena de localidades. O principal promotor desta iniciativa ao nosso país foi D. Teodoro de Faria que, ao tempo, se encontrava em Roma.